Bombril na Copa
A Geração Z que me perdoe, mas só entende da vida quem sabe a importância de um bombril enrolado na antena da tevê.
A Geração Z que me perdoe, mas só entende da vida quem sabe a importância de um bombril enrolado na antena da tevê.
O livro que produzi sobre meu pai nasceu do medo que as histórias, ouvidas por mim desde criança, se perdessem no tempo.
Lá fui eu atrás da magia, sem saber se iria encontrá-la. E se o homem fosse um chato? E se a vida dele fosse aborrecida e previsível?
O livro é uma seleção de 72 crônicas amarelas. Na apresentação, o jornalista Thiago Domenici, diretor da Agência Pública, diz que “Fernando se tornou um dos maiores cronistas de sua geração, cativando com seus olhos de descoberta e paixão, brincando com a nossa imaginação, nos aliviando do mundo”.
Para Thiago, “num mundo de conflitos, intolerâncias e violências, Crônicas Amarelas é um refúgio generoso de um cronista que passeia por diversos assuntos, como se a sua experiência também fosse a nossa. Ao ler sua obra, nos surpreendemos resgatando nossas próprias experiências e memórias com riso e emoção”.
Antes de ser magistrado e presidente do Tribunal de Justiça, ele foi artesão, mimeografista, desenhista topográfico, bancário, jornalista, contador, líder estudantil e assessor parlamentar. Escapou de um acidente aéreo, sobreviveu a um atropelamento, foi ameaçado de morte mais de uma vez e testemunhou acontecimentos marcantes da nossa época. Tanto os fatos da vida pessoal quanto da profissional – alguns cômicos, outros dramáticos, vários deles inacreditáveis – são narrados com o talento e a sensibilidade de quem sabe contar boas histórias.
O entrevistado
Francisco Xavier Medeiros Vieira nasceu em Florianópolis em 26 de novembro de 1931. É magistrado aposentado. Foi presidente do Tribunal de Justiça de Santa Catarina, presidente do Tribunal Regional Eleitoral, professor da UFSC e membro da Escola de Pais do Brasil. É autor do livro Prática das Correições, editado pela Lunardelli.
O entrevistador
Fernando Evangelista é jornalista, cientista social e o criador do perfil Crônicas Amarelas no Instagram. Como correspondente da revista Caros Amigos, cobriu diversos eventos internacionais, entre eles a Operação Escudo Defensivo na Palestina, a guerra no Iraque, a guerra no Líbano e o conflito entre curdos e turcos. É autor do livro Crônicas Amarelas, editado pela Dois por Quatro.
É um livro, mas parece um filme de gêneros diversos: tem aventura, comédia, ação, romance e drama. Se a gente pensar bem, todas as vidas rendem um livro. Nem todas, porém, merecem um livro. A vida do empresário blumenauense Osny Serpa, com certeza, merece. Menino pobre, começou a trabalhar cedo na Sulfabril, onde foi porteiro, lavou banheiros e cuidou da granja nos fundos da fábrica. Com a maioridade e a confiança do patrão, tornou-se caixeiro viajante.
Durante décadas, ano após ano, recebeu o prêmio de maior vendedor da empresa. Quanto mais vendia, mais viajava. Conheceu o Brasil inteiro a bordo de um fusca branco e colecionou um sem número de grandes e divertidas histórias. Uma tragédia pessoal, no entanto, fez a sua vida virar do avesso. Ele seguiu em frente. Montou a própria empresa, ficou rico e tornou-se o “Rei das Camisetas”. Tudo ia bem até que o maior desastre natural da história de Santa Catarina cruzou o seu caminho e tragou – literalmente – parte de sua casa e de sua empresa. Duro na queda, sem perder a fé e o humor, ele começou tudo outra vez.
Como as crianças, Osny – hoje com 83 anos – tem a capacidade de levar a sério o que é lúdico e de ver graça nas coisas sérias. Esta característica é o fio que liga cada uma das histórias do livro Vendedor Viajante, as incríveis histórias de Osny Serpa, de autoria do jornalista Fernando Evangelista. Escrito com leveza e graça, o livro será lançado no dia 22 de março (sexta-feira), às 19h30, no Vikings Restaurante, em Balneário Camboriú. A edição é da Dois Por Quatro.